sábado, 14 de maio de 2011

A História dos Beatmakers

      Os primeiros Produtores foram Marley Marl e L L Coll J, que começaram por “samplear” os discos que tinham à mão, nomeadamente as colecções de discos dos pais que. Os primeiros samplers tinham uma memória curtíssima, de apenas alguns segundos, e por isso os samples usados até mais ou menos 1988/89 eram sempre curtos e incisivos, porque a tecnologia não dava para mais. Mas a partir dos anos 90, com a crescente popularização da revolução informática (e os samplers são, basicamente, computadores), os samplers começaram a vir munidos de maior capacidade de memória e por isso permitiam a utilização de loops maiores e de mais camadas de samples.
    Para terem material para “samplear” os Produtores  rapidamente esgotaram as coleções dos pais e tiveram que começar a procurar os seus próprios discos. Quanto mais raros melhor: um disco que tivesse sido editado em 1969 e do qual só se tivessem fabricado 500 cópias numa pequena cidade do Texas teria menos possibilidades de ser descoberto por um advogado de direitos de autor em Nova Yorque do que um álbum de um artista muito popular que tivesse vendido muitos milhões. Para evitar os processos de direitos de autor que começaram a surgir no início dos anos 90, os produtores tiveram que mergulhar bem fundo nas lojas de discos para encontarem discos obscuros que ninguém conhecesse e que pudessem samplar à vontade. Há quem chame a essa actividade o 5º elemento do Hip Hop e várias crews fazem disso o seu estilo de vida, que chamam de cultura Diggin.
     Portanto, armado com uma MPC ou com um computador  pode-se começar a produzir. Mas um Produtor não pode ser apenas alguém que domine o lado técnico da questão (saber como mexer no sampler ou nos programas de computador): tem também que saber o que está a samplear para melhor dar a volta aos sons que sampleia. Produtores como Pete Rock, Diamond D, Dr Dre ou DJ Premier, por exemplo, são autênticas enciclopédias no que os discos diz respeito. Discos de funk, claro, mas também de jazz, soul, rock, música brasileira, indiana ou qualquer outro tipo de música que faça sentido samplear.

Procurar discos antigos em segunda mão é uma actividade tão importante para um bom produtor como aprender a dominar a sua ferramenta de edição, seja ela a MPC (sampler da fabricante Akay) ou qualquer outro sampler em hardware como é o caso do descendente da SP 1200 , a máquina usada por muitos Produtores, ou o computador e os seus samplers em software.
     No lado técnico há várias questões a considerar: fazer apenas um loop de uma malha de guitarra ou uma melodia de piano é demasiado simples. Um bom produtor, como DJ Premier, por exemplo, aprende a dar a volta a essa questão, inventando novas formas de samplear, cortando os sons de um loop e reorganizando-os de outra forma. DJ Premier foi um dos pioneiros desse estilo de produção conhecido por chopping (cortar). Um produtor tem que procurar sempre soluções inesperadas, seja por samplear um instrumento que ninguém estava à espera que fosse sampleado ou por samplear um loop bem conhecido e dar-lhe uma volta diferente, programando as baterias (que normalmente obedecem ao tempo 4/4) de forma invulgar, enfim quebrando as regras. Um Produtor é um verdadeiro músico, que conhece e entende a música, que a recria usando técnicas que só os verdadeiros músicos poderiam entender.
  Claro que nos últimos anos surgiram, para evitar as leis de direitos de autor , vários produtores que em vez de samplearem discos antigos tocam eles mesmos as suas melodias ou ritmos.


@djjoh189

História do Turntablism - # Hip Hop # Rap # DJ

        Em 1969, o DJ Pete Jones resolveu pegar duas cópias do mesmo disco e fazer algumas experiências. Ele percebeu que o pessoal que freqüentava seus bailes, regados a funk music, ficava mais agitado em determinadas partes das músicas. Era o trecho onde a bateria e o baixo ganhava mais destaque em relação ao resto dos instrumentos. Esses trechos eram chamados de breaks ou breakbeats. Porém, esses momentos eram curtos demais. Jones resolveu tentar aumentar o tempo dos breakbeats e a forma que encontrou foi repetindo o trecho com dois discos iguais. Ele repetia o mesmo trecho da música em cada toca-discos e alternava-os com a ajuda de um mixer experimental. Jones estendia as músicas por até 10 minutos. Começava ali uma cultura musical que mais tarde ganhou o nome de  Turntablism.

       O scratch (movimento que consiste em girar o vinil para frente e para trás com a ponta dos dedos em velocidades variadas) foi criado em 1977, por acaso, pelo DJ Grand Wizard Theodore que disse “Estava ensaiando no meu quarto, quando mamãe veio me chamar. Segurei o disco para poder ouvi-la, ao fazer aquilo percebi um som diferente no fone. Então comecei a praticar em diferentes pontos do disco procurando o melhor efeito.” O scratch ficou nos subúrbios por anos até ser “descoberto” pela massa. Nos dias de hoje, as formas diferentes de se fazer um scratch são incríveis!

        Surge à cultura hip-hop, subdividida em quatro elementos de rua: o garfite, o brake, o MC e o DJ. As ruas dos guetos ficaram conturbadas, logo a violência, o ódio, a briga de gangues e raiva da policia foi passado para musica dando origem ao Rapgangsta ,que se caracteriza por letras agressivas. Outra vertente foi o Trip-Hop que é uma batida de Hip Hop sem o vocal Rap, acrescida de efeitos eletrônicos (muitos tirados do Dub Jamaicano) e elementos (e interpretações) dramáticas, quase teatrais, de gente como PORTISHEAD ou P. M. DAWN. Surgiu em 1994 e também é conhecido como Downtempo. O TripHop é uma música essencialmente experimental, com ensinamentos do HipHop, Jazz e de Ambient.

.....CONTINUA

DJ JOH 189